O Que é o Vaso de Alabastro?

Um vaso de alabastro refere-se a um recipiente ou jarro feito de alabastro, que é uma variedade de gesso ou calcita, frequentemente translúcida e de aparência marmórea. O alabastro é uma pedra de carbonato de cálcio, e sua composição é semelhante à do mármore, mas tem uma textura mais fina.

Na antiguidade, o alabastro era frequentemente utilizado para esculpir vasos, frascos ou urnas, devido à sua beleza translúcida e à capacidade de ser trabalhado de maneira mais delicada em comparação com outras pedras. Esses vasos de alabastro eram apreciados por sua estética e muitas vezes eram usados para armazenar óleos perfumados, unguentos ou outras substâncias valiosas.

A referência a um vaso de alabastro é notável em alguns relatos bíblicos, como na passagem em que uma mulher unge os pés de Jesus com um perfume caro, contido em um vaso de alabastro, conforme descrito nos evangelhos de Mateus (26:6-13), Marcos (14:3-9) e Lucas (7:36-50). Essa narrativa destaca a natureza preciosa e significativa do gesto, usando um vaso feito de um material de alta qualidade como o alabastro.

Significado de Alabastro e Vaso de Alabastro na Antiguidade e na Bíblia

No contexto original, o termo neutro grego “alabastros” referia-se a um frasco de alabastro com um gargalo comprido, frequentemente rompido após o uso. Esses frascos eram comumente utilizados para armazenar óleos e essências.

O mesmo termo era empregado para descrever qualquer frasco com esse formato, independentemente do material utilizado em sua fabricação.

O alabastro, por sua vez, era uma variedade de carbonato de cálcio de depósito natural e hidratado. Diferenças notáveis existem entre o alabastro antigo, geralmente feito de mármore, e o alabastro moderno, uma forma mais macia de gesso.

Essa pedra, em sua forma pura, apresenta uma cor branca e translúcida, sendo encontrada em regiões calcárias, próximas a cavernas e nascentes. Os alabastros eram frequentemente utilizados na escultura de estátuas e na confecção de vasos, frascos e recipientes diversos.

Vasos de alabastro eram fabricados na Palestina, alguns esculpidos no vale do Jordão, enquanto outros, mais valiosos, eram importados do Egito.

Vaso de Alabastro na Bíblia: Uma Narrativa Significativa

O Novo Testamento faz referência ao uso do vaso de alabastro, especialmente na cena em Betânia, onde uma mulher se aproxima de Jesus durante uma refeição. Ela carrega consigo um vaso de alabastro contendo um unguento valioso, que derrama sobre a cabeça de Jesus enquanto Ele está à mesa (Mateus 26:7).

Este evento também é mencionado nos Evangelhos de Marcos e João, onde João destaca a quantidade significativa de bálsamo de nardo puro – cerca de uma libra – contida no vaso de alabastro (João 12:3).

Essa mulher, inicialmente anônima nos relatos de Mateus e Marcos, é identificada como Maria no Evangelho de João, irmã de Marta e Lázaro, o ressuscitado. Essa passagem destaca a generosidade e adoração expressas por meio do uso simbólico do vaso de alabastro na presença de Jesus.

O Nardo Puro no Vaso de Alabastro: Um Gestar Precioso de Adoração

O líquido contido no vaso de alabastro, que a mulher generosa derramou sobre Jesus durante a refeição, era nardo puro (Marcos 14:3). Este perfume raro era produzido a partir das raízes de uma planta nativa do Himalaia. Na época bíblica, o nardo era frequentemente importado e armazenado em frascos selados de alabastro, pequenos vasos abertos apenas em ocasiões especiais.

Judas, ao avaliar o custo do nardo presente no vaso de alabastro, fixou seu preço em trezentos denários (João 12:5), equivalente a um ano de salário para um trabalhador daquela época. Notavelmente, esse valor era cerca de dez vezes superior ao que Judas receberia por trair Jesus.

O vaso de alabastro também é mencionado em outra passagem, no Evangelho de Lucas (Lucas 7:36-50), ao relatar uma mulher pecadora que ungiu os pés de Jesus com especiarias do vaso de alabastro. Essa mulher não deve ser confundida com a mencionada nos relatos de Mateus, Marcos e João, apesar de semelhanças evidentes.

A mulher em Lucas permanece anônima, mas é comumente interpretada como uma pessoa de má reputação, embora o termo grego usado para “pecadora” não necessariamente implique que ela fosse uma prostituta. O texto sugere que ela era conhecida na comunidade pelo seu passado, mas já se apresentava como uma mulher arrependida, indicando uma transformação significativa em sua vida.

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