John Owen (1616-1683) foi um dos mais importantes teólogos e líderes puritanos do século XVII.
Sua vasta produção literária e influência na teologia reformada o tornaram uma figura de destaque no movimento puritano, e sua obra continua a ser estudada e apreciada por teólogos e estudiosos até hoje.
Nascido em 1616 em Stadhampton, Oxfordshire, na Inglaterra, John Owen foi o segundo filho de Henry e Alice Owen. Seu pai era um ministro anglicano e sua mãe vinha de uma família de clérigos. Ele frequentou a escola em Oxford e, aos doze anos, foi matriculado no Queen’s College, onde estudou latim, grego e hebraico.
Em 1635, Owen recebeu o diploma de bacharel em artes e começou a estudar teologia. Ele se destacou como um estudioso talentoso e um pregador eloquente e foi convidado a pregar em vários lugares. Em 1642, quando a Guerra Civil Inglesa eclodiu, Owen se juntou ao exército parlamentar como capelão. Ele se envolveu em debates teológicos e políticos e se tornou um defensor da liberdade de consciência e da tolerância religiosa.
Durante esse período, Owen também se casou com Mary Rooke, com quem teve onze filhos. Owen passou os anos de 1649 a 1651 viajando pela Inglaterra como pregador, e em 1651, ele foi nomeado ministro da igreja paroquial de Coggeshall, em Essex. Lá, ele ficou conhecido por seus sermões poderosos e foi eleito reitor de Christ Church, Oxford, em 1652.
No entanto, Owen recusou o cargo devido a suas convicções religiosas. Ele era um defensor da independência da igreja em relação ao Estado e acreditava que a igreja não deveria ser controlada pelo governo. Em vez disso, ele se tornou pregador da Congregação Independente de Leman Street, em Londres, onde permaneceu até 1683.
Durante esse período, Owen se dedicou à escrita e produziu uma grande quantidade de obras teológicas. Sua primeira obra importante foi “Um Exposição sobre o Livro da Epístola aos Hebreus”, publicada em 1668. Esta obra estabeleceu Owen como um teólogo de destaque e o levou a se tornar um dos principais defensores da teologia reformada em sua época.
Outras obras importantes de Owen incluem “A Morte da Morte na Morte de Cristo”, publicada em 1647, que é considerada uma das mais importantes obras teológicas já escritas sobre a expiação; “O Espírito Santo”, publicado em 1674, que discute a natureza e o papel do Espírito Santo na vida cristã; e “Comunhão com Deus”, publicado em 1657, que explora a natureza da comunhão do crente com Deus.
Além dessas obras, Owen também escreveu sobre uma variedade de tópicos teológicos, incluindo a doutrina da Trindade, a natureza da igreja, a doutrina da justificação, a teologia da aliança e a natureza da graça comum. Suas obras são caracterizadas por sua profundidade teológica e sua clareza em comunicar verdades difíceis de maneira acessível.
Owen também teve um papel importante na fundação da Universidade de Oxford após a Restauração. Ele foi nomeado vice-chanceler em 1657 e ajudou a restaurar a universidade depois de anos de negligência. Owen trabalhou duro para melhorar a qualidade do ensino e a moralidade dos estudantes, e seus esforços foram recompensados quando a universidade se tornou uma das mais prestigiadas do mundo.
Além de seu trabalho como teólogo e líder religioso, Owen também era conhecido por sua bondade e generosidade. Ele era conhecido por ajudar os pobres e necessitados e por oferecer abrigo e comida a refugiados religiosos.
Infelizmente, Owen sofreu muitas perdas pessoais durante sua vida. Vários de seus filhos morreram jovens, e sua esposa, Mary, morreu em 1675. Owen também lutou contra a doença durante grande parte de sua vida e morreu em 1683, aos 67 anos.
No entanto, o legado de Owen continuou após sua morte. Sua vasta produção literária e sua influência na teologia reformada o tornaram uma figura de destaque na história da igreja. Seu compromisso com a liberdade de consciência e a tolerância religiosa o tornaram um modelo para muitos cristãos e defensores da liberdade religiosa.
Hoje, a obra de John Owen continua a ser estudada e apreciada por teólogos e estudiosos em todo o mundo. Sua ênfase na centralidade de Cristo na vida do crente e sua visão da graça de Deus como a fonte de toda a salvação continuam a ser uma inspiração para muitos.
Além disso, seu compromisso com a verdade bíblica e sua paixão por Deus e pelo Seu povo continuam a inspirar e desafiar aqueles que desejam seguir a Cristo de todo o coração.
Curiosidades da vida e obras de John Owen
John Owen era conhecido por sua inteligência e erudição desde a infância. Ele aprendeu latim aos três anos de idade e grego aos sete anos.
Owen estudou no Queen’s College em Oxford, onde se formou com honras em 1632. Ele posteriormente se tornou um membro respeitado da comunidade acadêmica de Oxford e chegou a ser nomeado vice-chanceler da universidade.
Durante a Guerra Civil Inglesa, Owen serviu como capelão do exército parlamentar. Ele viajou com o exército e pregou a mensagem do evangelho para as tropas em ambos os lados do conflito.
Apesar de sua associação com o movimento puritano, Owen era conhecido por sua abertura e tolerância em questões religiosas. Ele acreditava que as pessoas deveriam ser livres para seguir suas próprias consciências e se opunha à perseguição religiosa.
Owen escreveu mais de 20 livros durante sua vida, incluindo obras teológicas, sermões e tratados sobre a conduta cristã. Sua obra mais famosa é “A Morte da Morte na Morte de Cristo”, que é considerada uma das mais importantes obras de teologia reformada já escritas.
Além de seus escritos teológicos, Owen também escreveu sobre questões políticas e sociais. Ele se opôs à escravidão e defendeu a igualdade racial.
Owen foi um defensor da educação e acreditava que todos deveriam ter acesso ao conhecimento. Ele ajudou a fundar a Universidade de Oxford e trabalhou para melhorar a qualidade do ensino na Inglaterra.
Owen lutou contra a doença durante grande parte de sua vida e morreu aos 67 anos de idade. Ele é lembrado como um dos teólogos mais influentes da história da igreja e um defensor da liberdade religiosa e da tolerância.
Frases de John Owen
- “O homem nunca se encontrará em paz enquanto não achar repouso na verdadeira felicidade, a qual consiste na comunhão com Deus.”
- “O evangelho não é uma doutrina de acomodação, mas uma doutrina de transformação.”
- “A santidade é a mais bela imagem da divindade.”
- “Nenhum homem pode ver a glória de Deus e viver, a menos que seja através do sacrifício de Cristo.”
- “A morte de Cristo é o fundamento da nossa paz, e a Sua ressurreição é o fundamento da nossa esperança.”
- “O pecado é a causa de todos os males, mas a graça de Deus é a única solução para todos os problemas.”
- “A verdadeira religião é uma questão de coração, não de mera profissão externa.”
- “A verdadeira santidade não consiste em fazer grandes coisas, mas em fazer pequenas coisas com grande amor.”
- “A oração é a respiração da alma; sem ela, não podemos viver.”
- “A justificação pela fé é a doutrina mais fundamental do evangelho, pois é a única base sobre a qual podemos ter paz com Deus.”