A doutrina que diz que Maria é “Mãe de Deus” (Theotokos) é amplamente defendida pela Igreja Católica, mas, essa afirmação não se sustenta nas Escrituras sagradas. Neste artigo, analisaremos as bases bíblicas e históricas dessa doutrina e demonstraremos por que Maria é mãe de Jesus em sua humanidade, mas não mãe de Deus em sua divindade.
Origem Histórica: O Concílio de Éfeso (431 d.C.)
A definição de Maria como “Mãe de Deus” foi oficializada no Concílio de Éfeso, em 431 d.C. Esse concílio foi convocado para combater a heresia do nestorianismo, que separava as naturezas divina e humana de Jesus de forma tão drástica que parecia tratar Cristo como duas pessoas distintas. Para reafirmar a doutrina da união hipostática (a união entre as naturezas divina e humana de Jesus), o título “Theotokos” foi atribuído a Maria, significando “portadora de Deus” ou “mãe de Deus”.
Entretanto, essa decisão não foi isenta de controvérsias. Muitos teólogos argumentaram que chamar Maria de “Mãe de Deus” poderia gerar confusão teológica, sugerindo que a divindade eterna de Jesus teve origem em Maria, o que contradiz a natureza autoexistente de Deus.
Maria na Bíblia: Mãe de Jesus em Sua Humanidade
Maria na Bíblia: Mãe de Jesus em Sua Humanidade
As Escrituras nunca se referem a Maria como “Mãe de Deus”. Em vez disso, ela é descrita como a mãe de Jesus, enfatizando seu papel humano na encarnação do Filho de Deus.
Jesus como Filho de Maria, mas Eterno em Sua Divindade
Lucas 1:31-32: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo.”
Aqui, Maria é apresentada como a mãe do Jesus humano, enquanto Sua divindade é atribuída diretamente ao Pai celestial.
João 1:1,14: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus… E o Verbo se fez carne e habitou entre nós.”
Este texto deixa claro que a natureza divina de Jesus é eterna e preexistente. Maria participou da encarnação, mas não da origem da divindade de Cristo.
Deus Não Tem Origem ou Mãe
Salmos 90:2: “De eternidade a eternidade, tu és Deus.”
Deus é eterno e autoexistente, sem princípio nem fim. Portanto, não é correto dizer que Maria é mãe da natureza divina de Deus.
Maria Reconheceu Sua Necessidade de um Salvador
Lucas 1:47: “O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.”
Maria reconheceu que era uma pecadora necessitada de salvação, assim como qualquer outro ser humano. Isso demonstra que, embora tenha sido altamente favorecida por Deus, ela não possui atributos divinos.
O Perigo do Título “Mãe de Deus”
Chamar Maria de “Mãe de Deus” não é apenas uma questão teológica; é também uma porta para práticas que vão além do que as Escrituras permitem.
Exaltação Indevida de Maria
Esse título levou à veneração excessiva de Maria, algo que não tem base bíblica. A Palavra de Deus nos adverte:
Isaías 42:8: “Eu sou o Senhor; este é o meu nome! A minha glória, pois, não a darei a outrem, nem o meu louvor às imagens de escultura.”
Confusão na Cristologia
O título “Mãe de Deus” pode levar à ideia equivocada de que Maria gerou a divindade de Jesus, confundindo as naturezas divina e humana de Cristo.
Jesus Como Único Mediador
Atribuir a Maria um papel central na teologia pode desviar a atenção de Jesus, o único mediador entre Deus e os homens.
1 Timóteo 2:5: “Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.”
A Verdade Bíblica Sobre Maria
Maria é, sem dúvida, uma figura importante na história da redenção como a mãe de Jesus em Sua humanidade. No entanto, chamá-la de “Mãe de Deus” não tem base nas Escrituras e introduz conceitos que podem desviar do verdadeiro foco: Jesus Cristo, o Filho de Deus, eterno e autoexistente.
Como protestantes, reafirmamos que toda honra e glória pertencem exclusivamente a Deus. Jesus é o centro da nossa fé, e é a Ele que devemos toda adoração.
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